Celulite
Atualmente, os cuidados com o corpo e com a aparência estética tornaram-se uma preocupação constante na vida da maioria das pessoas. Este facto é reflexo dos valores e padrões culturais, sociais e individuais de cada um. A baixa auto – estima, a ansiedade e a falta de confiança no seu corpo tornaram-se fatores preponderantes para que a imagem fosse, cada vez mais, um tormento para muitas mulheres.
A “celulite” constituí, ao longo dos séculos, um dos maiores pesadelos da sociedade e, atualmente, é um dos alvos de maior investigação científica.
Alguns termos são utilizados para designar “celulite”, na tentativa de adequar o nome às alterações histomorfológicas encontradas: lipodistrofia localizada, fibro, edema gelóide, hidrolipodistrofia ginóide, paniculopatia edemato – fibroesclerótica, paniculopatia edemato- fibroesclerótica, lipoesclerose nodular, lipodistrpfia ginóide, etc. Contudo, a denominação hidrolipodistrofia ginóide tem-se demonstrado como o conceito mais adequado para descrever o quadro historicamente conhecido na sociedade e erroneamente denominada de “celulite”.
O termo celulite, na área das ciências da saúde, refere-se a uma infeção bacteriana.
Na hidrolipodistrofia ginóide constata-se que os tecidos cutâneo e adiposo são afetados em diversos graus. Nesta disfunção ocorre uma série de alterações estruturais na derme, na microcirculação e nos adipócitos. Essas modificaçõesnão são apenas morfológicas, mas também histoquímicas, bioquímicas e ultra – estruturais.
Há alterações no relevo da pele deixando-a com um aspeto ondulado, acolchoado ou em forma de casca de laranja, que se localizam principalmente nas coxas e glúteos. Aparece em todas as idades e ambos os sexos, porém a maioria dos casos é no sexo feminino, geralmente após a puberdade. A celulite atinge 90 a 95% das mulheres, seja na forma mais suave ou no estágio avançado e pode aparecer tanto em mulheres com índice de massa corporal acima ou abaixo da média assim como nas que estão nos parâmetros normais. Por isso não, a celulite não está relacionada ao excesso de peso. Apesar de, tendencialmente, se confundir ou relacionar a celulite com o excesso de peso, atualmente pode-se afirmar que são processos nosologicamente diferentes e com processos terapêuticos diferentes.
A sua etiologia é complexa e envolve aspetos multifactoriais.
A estética possui um arsenal eficiente de tratamentos. A escolha do mesmo depende do grau da celulite e existem quatro. Os graus mais leves respondem bem às mudanças nos hábitos de vida, reeducação alimentar, atividade física regular e aparatologicamente clínica. Os graus mais avançados podem exigir mais medidas além dos tratamentos estéticos combinados, medicamentoso e/ou cirúrgico.
A eficácia do tratamento proposto depende do estágio e do tempo de duração da celulite, além da predisposição da paciente e do controlo dos fatores agravantes. Cada caso é único e o segredo do tratamento depende da perícia e do conhecimento de um diagnóstico correto.
Embora existam muitos tratamentos e cremes milagrosos para combater a hidrolipodistrofia ginóide, poucos possuem eficácia realmente comprovada na melhoria.
Várias propostas terapêuticas são divulgadas, porém poucas são apresentadas com resultados efetivos. Este facto pode originar propagandas enganosas, falta de esclarecimento dos clientes e profissionais não habilitados, gerando, por sua vez, grandes frustrações tanto a pessoas como aos profissionais. Isso acarreta descredibilidade quanto à eficácia dos tratamentos e a possível solução do problema.
É por isso necessário grande conhecimento e formação específica e creditada na área.
Dicas:
- Ingestão de líquidos e diminuir o sal na alimentação;
- Evitar tabaco;
- Atividade física com regularidade;
- Evitar ficar muito tempo sentado ou em pé ativando assim a circulação venosa e linfática;
- Não usar roupa muito apertadas;
- Elevar as pernas sempre que possível ao fim do dia;
- Massajar suavemente à região afetada até à região da virilha diariamente.