Uns Engordam e Outros Não?
Ainda que algumas pessoas continuem a achar que se trata apenas de um problema meramente de foro estético, esta patologia pode ser um sintoma de que alguma parte do nosso organismo não está a funcionar corretamente. Para além disso, o excesso de peso pode ter como consequência alterações no nosso organismo que poderão dar origem ao mau funcionamento de vários órgãos e sistemas.
A obesidade leva quase sempre ao aparecimento de outras doenças, algumas delas mortais, por isso mesmo é inevitável classificá-la como uma doença.
A questão “porque é que eu engordo e a minha amiga não?” é efetuada no dia a dia e a resposta é simples: porque o Humano é um ser complexo e individual e todos temos um código genético diferente do metabolismos diferentes e reações químicas diferentes.
Não existe dietas standard nem planos de exercícios fixos que obtenham respostas iguais para todos os casos, cadacaso é único.
É fundamental que se aprenda a conhecer o nosso corpo e as potencialidades que ele tem, é por isso crucial um acompanhamento pessoal e individualizado pois existem algumas causas adjacentes à obesidade, entre elas: fatores genéticos, alimentação incorreta, falta de atividade física, sexo, idade, raça, medicamentos ( alguns anti- depressivos, neurolépticos, pílula, corticoides e outros anti-inflamatório, soporíferos e antihistamínicos), doenças (hipotiroidismo, tumor nas glândulas suprarrenais, síndrome de Cushing, síndrome do ovário poliquístico, síndrome de resistência à insulina, hipodonalismo e insulinoma) e depressão ou ansiedade patológica.
Outra questão que é preciso perceber é que nem sempre as pessoas têm consciência daquilo que comem. Há pessoas que comem pouco nas refeições principais levam todo o dia a petiscar bolachas, fruta ou comer só um bolo com ideia que estes alimentos não contam ou que não são suficientes ao ponto de não deixarem emagrecer ou aumentarem de peso.
No entanto, há diferenças individuais que fazem com que a mesma quantidade de alimentos tenha efeitos diferentesde pessoa para pessoa. Esse facto depende do metabolismo de cada um – há pessoas que queimam mais e gastam mais energia e outros queimam menos.
A falta de exercício físico faz com que tenha menos massa muscular provoca um metabolismo mais lento e leva a engordar mais rapidamente mesmo comendo a mesma quantidade de comida.
Ainda existem alguns elos nesta cadeia de compreensão para a obesidade, mas não há dúvida de que há fatores genéticos e há fatores de ambiente, neste caso, de sociedade. As pessoas que têm tendência genética para o excesso de peso, colocadas perante um mundo de comida hipercalórica, engordam.
Não devemos pensar na conotação da palavra “dieta” mas devemos sim utilizar a expressão “reeducação alimentar”. A palavra “dieta” tem conotação negativa, que leva as pessoas a pensar e a perguntarem-se durante quanto tempo ficarão privadas de comer aquilo que lhes dá prazer. As pessoas têm de aprender a comer saudavelmente e devem habituar-se a ter uma vida mais ativa, que não seja sedentária. Em suma, é importante que alterarem os seus hábitos de vida, sendo realistas e, se necessário, deve pedir auxílio clínico.